Influenza Equina
Um tipo de afecção viral que acomete o sistema respiratório de equinos
A influenza equina é uma doença respiratória aguda de etiologia viral causada por duas cepas de ortomixovírus: Influenza A/equina 1 (H7N7) e Influenza A/equina 2 (H3N8).
Todos os vírus da família ortomixovírus são um acúmulo de mutações virais. “Trata-se de uma doença de notificação obrigatória, pois a influenza é uma zoonose de alta morbidade e infectividade”, explica Maria Gazzinelli, Médica Veterinária e professora do VET Profissional, que é Mestre e Doutora em Zootecnia, Reprodução Animal.
Em relação à patogenia da doença, esse vírus é encapsulado e tem como porta de entrada o epitélio pulmonar. Normalmente, o animal infectado estará imunossuprimido. A infecção primária ocorre no epitélio pulmonar e dentro de 48 horas ele provoca descamação no epitélio pulmonar. Então, o animal começa a apresentar os primeiros sinais clínicos, que são: hipertermia, letargia, febre, anorexia, secreção nasal serosa e tosse seca.
Animais sadios, que se encontram bem imunologicamente, podem apresentar os sintomas, mas conseguem debelar rapidamente a infecção e se tornam, em seguida, imunocompetentes.
A transmissão da influenza ocorre através de:
- Contato direto;
- Instalação de aerossóis;
- Fômites;
- Iatrogênica;
- Instalações contaminadas.
O diagnóstico clínico é característico; o laboratorial é feito a partir do isolamento do vírus ou da sorologia de aspirados traqueais, esfregaços nasofaríngeos (30 cm), entre outros.
Para essa doença, não existe um tratamento específico. O animal infectado deve receber o devido suporte para debelar mais facilmente a infecção e não evoluir para doenças secundárias. Não é recomendado utilizar supressores de tosse e é preciso tratar infecções secundárias. Além disso, são necessários cuidados básicos de enfermagem, como: manter as narinas do animal limpas, acesso livre ao alimento; estimular o apetite do animal para consumo de alimentos e água.